A música minimalista surgiu nos Estados Unidos da América em meados do século XX e se caracteriza principalmente pela repetição constante de motivos melódicos. O movimento passou a ser considerado vanguarda por aqueles que não queriam mais compor pela cartilha do serialismo dodecafônico.
A repetição do minimalismo se opõe diretamente a música serialista dodecafônica que, na década de 1920 se tornou vanguarda musical na Europa. No serialismo dodecafônico os 12 sons da escala cromática são organizados de forma que na composição nenhum som se repita sem que todos os outros sejam usados. O compositor brasileiro Guerra-Peixe, em 1971, afirmou: "toda a repetição, tal e qual ou semelhante, não passaria de mero primarismo."
A influência dos minimalistas norte-americanos como: John Adams, Steve Reich ou Philip Glass no mundo foi gigante, mas também há grandes expoentes na Europa como o compositor polonês Gorècki ou o estoniano Arvo Pärt (maravilhoso por sinal). Mas, convenhamos: a assinatura sonora conseguida pelos americanos praticamente define esse tipo de música, bastando ao melômano ouvir apenas os primeiros compassos. A repetição rítmica e hipnótica e a pulsação típica da música de Adams ou Reich, conseguem sintetizar por si só o minimalismo.
Caio Senna
Marlos Nobre
Diferente das obras minimalistas dos norte-americanos que criam um ambiente hipnótico através do uso da repetição, Marlos Nobre oferece ao ouvinte um ambiente mais vigoroso, preferindo criar uma sensação de aumento de tensão constante, toda vez que um acorde nos pianos é somado aos anteriores. A primeira parte da obra é concluída com uma explosão provocada por essa tensão.
Graan Barros
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