Em
pleno século XXI ouvi de um músico, explicando para um grupo de neófitos em
música, os diversos naipes de uma orquestra. Depois de descrever, cordas, madeiras, metais, ele chegou finalmente à seção
da percussão e assim se referiu a ela: “há, meus amigos, inclusive, os instrumentos
de percussão que só servem para marcar o ritmo". Com uma definição destas, podemos
constatar, infelizmente, que há pessoas que “passaram” pelo século XX sem se dar conta da
revolução porque passou a música e com ela a seção da percussão.
O
que diria então esse músico se ele soubesse da existência de uma composição escrita apenas para um conjunto
de percussão, como a famosa: Ionisation (1931) de Egard Varèse? A percussão por si só expressando uma ideia musical, sem precisar se apoiar em nenhum outro grupo instrumental.
A
obra de Osvaldo Lacerda, compositor paulistano, falecido há poucos anos, em
2011, prova muito bem essa tese. São três miniaturas de caráter nacional que iniciam com um "Sambinha Dodecafônico", seguindo um interlúdio e finalizando com um alegre coco nordestino.
Movimentos que expressão perfeitamente a ideia do compositor através dos seguintes instrumentos: tamborim, agogô, caixa, bumbo, gongo, frigideira, surdo, acessórios, vibrafone e tímpanos.
Movimentos que expressão perfeitamente a ideia do compositor através dos seguintes instrumentos: tamborim, agogô, caixa, bumbo, gongo, frigideira, surdo, acessórios, vibrafone e tímpanos.
Por Graan Barros

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